8 de março de 2011

Karol Wojtyla O Homem que se tornou Papa 2ª Parte

Em 1944 - Recebe as primeiras ordens e, em 1946, celebra sua primeira missa. A Igreja católica polonesa havia sobrevivido à guerra, mas ainda ia enfrentar tempos difíceis pela frente, com a ocupação soviética.

15 de novembro de 1946 - Deixa a Polônia para estudar teologia na Universidade Angelicum, em Roma. Sua tese foi sobre o grande místico do século 17, São João da Cruz, que tinha visões de Nossa Senhora.

Em 1948 - Volta para a Polônia. Vai ser pároco da cidadezinha de Niegowic, não muito longe de Wadowice, sua cidade natal. Ao chegar, beija o solo, num gesto que se tornaria sua marca pessoal. É transferido, logo depois, para a igreja do bairro universitário de São Floriano. É um pastor entusiasmado. Apadrinha grupos de estudo clandestinos e funda um grupo chamado Srodowisko (ambiente) cujo objetivo era colocar os jovens em contato com a natureza, o melhor jeito de alcançar Deus, segundo o padre Karol. Além disso, faz estudos brilhantes de doutorado na Jagellonian University, em Cracóvia. Também começa a dar aulas e a escrever, ainda mais. Sua obra literária ele assina sob o pseudônimo de Stanislaw Andrzej Gruda, "não por afetação, mas por modéstia", como diz Luigi Accattoli, em seu livro Karol Wojtyla, o homem do final do milênio. O primeiro livro do futuro papa foi Amor e responsabilidade, publicado em 1960, junto com o drama "A loja do ourives", sobre o casamento.

Até 1953 - "Ser sacerdote e educador na Polônia comunista, e, além do mais, no período stalinista (Stalin morreu em 1953) significava entrar em conflito quase diário com o regime", ensina Luigi Accattoli. Lutas que iam do simples direito de realizar a procissão anual de Corpus Christi até o contato com os jovens e a construção de novas igrejas. Falando sobre sua posição política, em relação aos dois regimes que a Polônia viveu durante quase todo o século 20 (nazismo e comunismo) Karol diz: "Os dois sistemas totalitários que marcaram tragicamente o nosso século, eu os pude conhecer, por assim dizer, por dentro. É fácil, portanto, compreender a minha sensibilidade pela dignidade de cada pessoa humana e pelo respeito para com seus direitos, a começar pelo direito à vida".

Em setembro de 1958 - É ordenado bispo e convidado a participar do Concílio Vaticano Segundo, realizado em Roma, em 1962. Uma das decisões históricas desse encontro foi retirar a culpa dos judeus em relação à morte de Cristo. Outra decisão polêmica do Concílio foi deixar claro que o cristianismo não tinha vindo para substituir o judaísmo e que as duas religiões eram distintas e independentes. Ambas as decisões eram bandeiras do bispo Karol. Em 1963 - O papa Paulo VI nomeia Karol arcebispo de Cracóvia em 1963. Torna-se cardeal em 1964. O cardeal Wojtyla não se manifestou contra o pogrom sangrento de 1968 (um terrível ataque aos judeus, promovido pelos comunistas), em compensação, foi o primeiro cardeal a visitar sinagogas.

De 1962 a 1978 - Ele sai da Polônia umas 50 vezes para participar de congressos, fazer trabalhos para o concílio, peregrinações e outras atividades, incluindo uma célebre viagem à Alemanha, em 1978, que reconciliaria as duas igrejas, separadas desde a guerra. "Nós perdoamos e pedimos perdão", é o apelo para a tolerância do cardeal Wojtyla.

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