26 de julho de 2012

São Joaquim e Sant'Ana


Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant'Ana. Em hebraico, Ana exprime "graça" e Joaquim equivale a "Javé prepara ou fortalece".
Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant'Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora.
Sant'Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.
Seu marido, São Joaquim, homem pio fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Mas Sant’Ana já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Sant’Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a Mãe de Jesus.
Eram residentes em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde hoje se ergue a Basílica de Santana; e aí, num sábado, 8 de setembro do ano 20 a.C., nasceu-lhes uma filha que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria. Maria foi oferecida ao Templo de Jerusalém aos três anos, tendo lá permanecido até os doze anos.
Pelo texto Caverna dos Tesouros, atribuído a Efrém da Síria, Ana (Hannâ) era filha de Pâkôdh e seu marido se chamava Yônâkhîr. Yônâkhîr e Jacó eram filhos de Matã e Sabhrath. Jacó foi o pai de José, desta forma, José e Maria eram primos.
São João Damasceno, ao escrever sobre A Natividadede Maria, deixa claro que São Joaquim e Santa Ana são os pais de Maria.

Devoção

A devoção aos pais de Maria é muito antiga no Oriente, onde foram cultuados desde os primeiros séculos de nossa era, atingindo sua plenitude no século VI. Já no ocidente, o culto de Santana remonta ao século VIII, quando, no ano de 710, suas relíquias foram levadas da Terra Santa para Constantinopla, donde foram distribuídas para muitas igrejas do ocidente, estando a maior delas na igreja de Sant’Ana, em Düren, Renânia, Alemanha.
Seu culto foi tornando-se muito popular na Idade Média, especialmente na Alemanha. Em 1378, o Papa Urbano IV oficializou seu culto . Em 1584, o Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant’Ana em 26 de Julho, e o Papa Leão XIII a estendeu para toda a Igreja, em 1879.Em França, o culto da Mãe de Maria teve um impulso extraordinário depois das aparições da santa em Auray, em 1623.
Tendo sido São Joaquim comemorado, inicialmente, em dia diverso ao de Sant’Ana, o Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria, mãe de Jesus

·       Pode se encontrar um retrato realístico de Santa Ana no filme, "Jesus, a História do Nascimento"

São Joaquim e Sant'Ana, rogai por nós!


20 de julho de 2012

A amizade que o retira do sepulcro


“Amigos pra voltar a amar”. O desafio, deste ano, é sustentar esta verdade que, o tempo todo, o mundo quer derrubar."Amigos" achamos a toda hora: amigo de balada, de cigarro, de prostituição... Mas o desafio que nos é trazido, neste PHN, é bem diferente: "amigos pra voltar a amar".
A liturgia nos convida a retornar ao amor. A primeira leitura nos diz que o rei Ezequias estava acometido de uma doença mortal, com o "pé na cova". Por isso recebeu a visita do profeta Ezequias. Desculpe-me a expressão, mas quantos não estão, aqui neste PHN, não somente com o “pé na cova”, mas com o todo o seu ser?
A Palavra de Deus nos diz que, diante da sua doença mortal, o profeta ordena ao rei que ele “arrume a sua casa”. E o que faz Ezequias? Ele se recolhe em oração.
A sorte de Ezequias é que ele era um homem de Deus. Ele vivia uma intimidade com o Senhor. Por duas vezes, quando ameaçado pelo rei da Assíria, Ezequias retirou-se no Templo para buscar a Deus. Ele não se desesperou diante dos ataques de seu inimigo; antes, colocou-se em oração perante o Senhor.
Quando a Palavra nos diz que Ezequias “voltou-se contra a parede” - diante da exortação do profeta –, isso não quer dizer que ele estava agindo como um menino “mimado”, que não suporta receber um “não” das outras pessoas e, por isso, fica todo emburrado olhando para a parede. Não! Significa que Ezequias se recolheu em oração. Algo bem diferente da postura de muitos que estão neste PHN e que agem como “filhinhos de papai”: mimados, fracos, emburrados.
Você veio para cá como um menino, mas sairá daqui, deste acampamento, como um homem. O Senhor quer revirá-lo nestes dias. Prepare-se e saiba que não se trata de “ficar” com Deus, como tantos jovens fazem, nesta prostituição socializada de hoje em dia (fica-se com uma pessoa e, logo em seguida, com outra), mas trata-se, antes, de uma relação íntima e profunda com o Senhor. Uma relação duradoura.
Ezequias rezou e Deus lhe respondeu. O rei estava com o “pé na cova”. E, graças à exortação do profeta, o Senhor lhe socorreu. Meus irmãos, há amizades que nos tiram do sepulcro. Por outro lado, há amigos que nos levam ao sepulcro.
Muitos chegaram aqui “fedendo”, apodrecidos por dentro. Quer uma prova disso? Basta ficar no confessionário. Lá, você percebe todo o estrago que o pecado faz na alma humana.
O Evangelho nos mostra que algumas amizades nos levam ao sepulcro. Olhe o exemplo dos fariseus: chamavam ao Senhor de “Mestre” mas, na verdade, eles viviam tramando armadilhas para Jesus. Diante disso, eu lhes pergunto: “Que tipo de amizade vocês vieram buscar neste PHN?”
Você não veio aqui para chegar à beira do abismo e alguém empurrá-lo para baixo. Você veio para ter um encontro pessoal com Jesus. Ele quer estender a mão para você e arrancá-lo do sepulcro.
Há um ditado que diz: “Diga-me com quem tu andas e eu te direi quem tu és!” Pronto, resumi toda a liturgia de hoje!
Meu filho, qual é o “sepulcro” da sua vida? Se você ficar à beira dele, uma hora você irá morrer e cair dentro dele. Jesus não quer isso! Ele quer tirá-lo deste lugar. A mão do Senhor vai alcançá-lo agora e tocar em você.
Você, que está com saudade de Deus, que fez tantas escolhas erradas, saiba: Jesus está olhando para você e, mesmo que, agora, você esteja dentro do sepulcro, veja Cristo se debruçando e se esforçando, ao máximo, para arrancá-lo de dentro dele.
Amizade com Deus é andar na presença do Senhor. Nenhum show, nenhum momento, deste PHN, pode superar este instante em que você grita por Deus! Você está com saudade do Pai. Até mesmo você, que veio a este acampamento contra a própria vontade, saiba que Deus o abraça agora. Ele arranca Seus filhos do sepulcro.
Covas sempre existirão. Sempre abertas para cairmos dentro delas. Mas é preciso deixar o Pai abraçá-lo agora. Estenda sua mão para Ele. Peça hoje: “Senhor, eu quero sair desta cova das drogas, da prostituição, de uma sexualidade desequilibrada. Estenda Sua mão para mim, Senhor, e me arranque do sepulcro”.
Nesta oração, permita que Deus o transforme, agora, num homem renovado pela Sua graça. Cante! Você, que veio a este PHN com saudade de Deus, cante! Perceba a mão do Senhor arrancando-o da cova. Hoje, você compreende que o PHN é um profundo desafio de santidade e um lindo convite feito a mim e a você para voltarmos a amar.
Tenho certeza de que, após este momento tão intenso de oração, há muita “cova vazia” por aí.

Transcrição e adaptação: Alexandre de Oliveira

11 de julho de 2012

Que caminho devo seguir?


O que devemos fazer quando Deus nos chama, quando somente o nosso servir não basta e, realmente, precisamos nos doar inteiramente ao Senhor? Creio que todos já passaram por essa situação um tanto difícil.
Antes de nascermos, Deus já construiu todo um planejamento para nossa vida. Ele pensou e escreveu cada detalhe sobre nós, mas também nos deu o livre-arbítrio para escolhermos fazer o que quisermos de nossa vida. Cabe a nós decidir se devemos ou não seguir o caminho que Ele traçou para nós.
Na maioria das vezes, o que acontece é que vivemos a nossa vida sem ter tempo para Deus, sem ter tempo de perguntar a Ele qual o Seu propósito para nós. Mas essa “oportunidade” que nos falta é chamada de comodismo. Irmãos, todos nós precisamos de Deus, independentemente de tudo, de qualquer coisa, precisamos d’Ele em todos os momentos da nossa vida. Mas quando não temos essa dimensão, uma hora ou outra, Deus vai nos mostrar o quanto precisamos d’Ele. Às vezes, não é da melhor maneira que percebemos isso.
Chega uma hora em nossa vida que, inesperadamente, aparecemos na porta de uma igreja, onde está acontecendo a reunião de um grupo de oração ou  uma Missa. Naquele momento, estamos com o coração tão quebrado, tão dilasserado que entramos; ali, irmãos, sentimos o real poder de Deus em nossa vida, ali sentimos o Seu amor nos envolver. É uma sensação tão forte que não queremos mais deixar de senti-la, queremos nos entregar ao Pai cada vez mais.
“Cabe a nós decidir se devemos ou não seguir o caminho que Ele traçou para nós”
Há um momento, então, que precisamos renunciar ao “eu” e sermos “nós”. Mas será que vale a pena, realmente, sairmos do nosso comodismo para servir o Senhor? Será que vale a pena largar nosso dinheiro, nosso pecado por Deus?
Ser ou não ser, eis o cristão! Essa é a hora de você provar que quer sim, atender ao chamado do Senhor e completar o projeto que Ele fez para você. Essa é a hora de você realmente dizer: “Senhor Jesus, eu renuncio ao “eu” para que sejamos “nós”.

Irmãos, cabe a nós sermos o cristão que Deus planejou. Digamos ‘sim’ a Ele.

Senhor, faça-se em nós conforme a Sua vontade.